Professora sofre fratura no fêmur durante desfile e será transferida para cirurgia emergencial

Professora da UFPR sofre acidente em desfile de carnaval e passa por cirurgia

A professora Megg Rayara, de 49 anos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), caiu de um carro alegórico da escola de samba Paraíso do Tuiuti na madrugada desta quarta-feira, dia 5. Após o incidente, a docente será transferida para o Hospital Municipal Barata Ribeiro, localizado na Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde deverá passar por uma cirurgia para corrigir uma fratura no fêmur.

Atualmente, Megg se encontra internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, na região central da cidade. A amiga da professora, Jaqueline Gomes, de 46 anos, informou ao DIA que Megg está apresentando melhora e recebendo todo o suporte necessário para sua recuperação. “Ela será transferida para um hospital especializado. Está sendo bem acompanhada pela diretora do hospital e pela comunidade. Apesar da dor, ela está medicada com analgésicos e se sentindo melhor”, afirmou Jaqueline.

Megg estava no último carro do desfile, que trazia o tema “Traviarcado”, e homenageava 29 personalidades trans e travestis que têm se destacado em diversas áreas da sociedade brasileira, simbolizando a luta por empoderamento e reconhecimento. Ao seu lado, a professora Jaqueline Gomes, do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), estava presente no momento do acidente e presenciou toda a situação.

A gestão da UFPR se pronunciou sobre o ocorrido, informando que teve conhecimento do acidente envolvendo a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade. Em nota oficial, a universidade declarou: “Felizmente, ela está bem e sem dor, aguardando os procedimentos para a cirurgia ortopédica no hospital, no Rio. A UFPR assegura que Megg terá o tempo necessário para sua recuperação antes de retornar às suas atividades. Durante esse período, providenciaremos sua substituição na pró-reitoria.”

A escola de samba Paraíso do Tuiuti apresentou no carnaval o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, uma homenagem à primeira travesti não indígena do Brasil. Xica foi escravizada em Salvador no século 16 e desafiou as normas de gênero da época ao se recusar a usar roupas masculinas. Ela foi inicialmente documentada como homossexual, mas apenas nos anos 2000 foi reconhecida como travesti, tornando-se um importante símbolo de resistência para a comunidade trans.

Em comunicado, o Paraíso do Tuiuti enfatizou que o acidente não foi causado por falhas estruturais na alegoria e que está acompanhando de perto a recuperação de Megg, oferecendo todo o apoio necessário.

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