Tênis

Nova Licença-Maternidade Para Jogadoras de Tênis: Bencic Enaltece Importância do Apoio a Atletas de Raízes Menores

6 de março de 2025 / por Curto Oferta

WTA Lança Iniciativa de Apoio à Maternidade para Jogadoras de Tênis

Indian Wells (EUA) – Em uma significativa mudança para o circuito feminino de tênis, a WTA anunciou uma parceria com o Fundo de Investimento Saudita (PIF) para financiar licenças-maternidade das jogadoras. Essa decisão surge em um contexto em que muitas tenistas não têm acesso às premiações durante os períodos de afastamento para cuidar de seus filhos. Coincidentemente, no mesmo dia, duas jogadoras que já são mães se enfrentaram no WTA 1000 de Indian Wells, onde a suíça Belinda Bencic conquistou uma vitória convincente sobre a alemã Tatjana Maria, com o placar de 6/1, 6/1 em apenas 1h05 de jogo.

“É bom ter tantas mães no circuito. A Tatjana também é mãe de dois. Estamos mostrando que é possível ter um bebê e continuar jogando profissionalmente”, afirmou Bencic em sua entrevista na quadra. Esta é a primeira participação da jogadora no torneio após dois anos de afastamento, tendo sua melhor campanha ocorrido em 2019, quando alcançou a semifinal. Bencic se prepara agora para enfrentar a norte-americana Amanda Anisimova, campeã do primeiro WTA 1000 da temporada, em Doha. “Estou muito feliz por voltar. Tenho ótimas lembranças daqui. É um dos torneios favoritos da maioria das jogadoras”, completou a tenista.

Sobre as condições de jogo, Bencic comentou: “O principal fator hoje foi o vento. Tive que aceitar e me adaptar. Precisava focar nos ralis e jogar de forma inteligente, ao invés de tentar pontos incríveis. Consegi lidar bem com isso.” A tenista se destacou na partida ao liderar a contagem de winners, com 18 a 10, e cometeu apenas 12 erros não forçados, enquanto sua oponente teve 26. Além disso, Bencic não enfrentou nenhum break point e conseguiu cinco quebras de serviço durante o jogo.

Laureada por sua conquista nas Olimpíadas de Tóquio e ex-número 4 do mundo, Bencic tem se destacado no ranking desde seu retorno às competições no final do ano passado. Recentemente, ela levou o título de um WTA 500 em Abu Dhabi e já ocupa a 58ª posição. A tenista ressalta a importância do apoio financeiro, especialmente para aquelas jogadoras que enfrentam uma situação financeira mais delicada.

“Estamos muito orgulhosas dessa atitude da WTA. É uma ótima notícia para todas nós, mas especialmente para as jogadoras de menor ranking, que precisam sobreviver no circuito, mesmo após um ano e meio sem jogar antes de voltar”, enfatizou a tenista, que se tornou mãe em abril do ano passado e retornou ao circuito em outubro, participando de torneios de categorias menores.

Avanços no Apoio às Mães no Tênis

A nova iniciativa conta com o apoio do Conselho das Jogadoras, que tem promovido várias mudanças em relação à maternidade nos últimos anos. Entre as ações implementadas está a ampliação do acesso ao ranking protegido, que garante a manutenção da posição das jogadoras para participar de torneios por até três anos durante a gravidez e até o nascimento dos filhos. Além disso, este período é estendido por dois anos em outras configurações familiares. Desde que essas mudanças foram adotadas em 2019, cerca de cinquenta jogadoras já se beneficiaram, e estima-se que 320 tenistas estejam aptas a receber licença-maternidade por até 12 meses.

A ex-número 1 do mundo, Victoria Azarenka, que também faz parte do Conselho e voltou ao circuito após a maternidade, celebrou as novas diretrizes: “Estou honrada em apresentar este programa, que foi impulsionado pelas jogadoras e viabilizado com o apoio da PIF e da WTA. Isso marca o início de uma mudança significativa na forma como apoiamos as mulheres no tênis, facilitando para as atletas que desejam continuar suas carreiras enquanto também buscam formar uma família. Garantir que programas como este existam tem sido uma missão pessoal para mim e estou animada para ver o impacto duradouro que isso terá nas futuras gerações.”

Leia a matéria na integra em: tenisbrasil.uol.com.br

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