A Vacina da Gripe Oferece Proteção Contra as Principais Variantes do Vírus!

Preocupação com a Baixa Cobertura Vacinal Contra a Gripe no Brasil

São Paulo – Com a temporada de maior circulação de vírus respiratórios se aproximando, a falta de imunização contra a gripe preocupa especialistas. Dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) apontam que, em 2024, apenas 55,1% da população elegível recebeu a vacina. Esse número representa uma queda de 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior e ainda está longe do objetivo de 90% definido pelo Ministério da Saúde.

Vacinação contra a gripe

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A vacina contra a gripe é constantemente atualizada para refletir as cepas do vírus Influenza que estão em circulação. Essa imunização é crucial para prevenir formas graves da doença, como pneumonias e hospitalizações, especialmente entre as populações mais vulneráveis.

Segundo a infectologista pediátrica Sylvia Freire, a vacinação contra a gripe é elaborada com base nas cepas mais prevalentes: “A atualização anual é fundamental para acompanhar as mutações do vírus e garantir uma proteção eficaz. Esses ajustes são feitos considerando dados epidemiológicos e as cepas predominantes identificadas pelas autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica.

Vacinas Trivalentes e Quadrivalentes

As vacinas contra a gripe são disponibilizadas em duas formulações: trivalentes e quadrivalentes. As trivalentes protegem contra três cepas — uma A/H1N1, uma A/H3N2 e uma B (que pode ser de linhagem Yamagata ou Victoria). Já as quadrivalentes, que estão disponíveis na rede privada, incluem as mesmas cepas das trivalentes e mais uma linhagem adicional de cepa B, aumentando a proteção contra diferentes subtipos do vírus.

Para a temporada de 2025 no Hemisfério Sul, houve uma atualização na composição da vacina, especificamente na cepa H3N2, que tem sido associada a casos graves. A nova inclusão é a cepa A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2), substituindo a cepa A/Thailand/8/2022 (H3N2).

Vacina Quadrivalente de Alta Dose para Idosos

Desde 2023, o Brasil oferece uma vacina quadrivalente de alta concentração, denominada “High dose” (HD4V), voltada para pessoas com mais de 60 anos. Essa formulação possui uma dose maior de antígenos, proporcionando uma resposta imunológica mais robusta para esse grupo mais vulnerável às complicações graves da gripe.

Estudos mostram que a HD4V é 24% mais eficaz na prevenção da gripe em pessoas acima de 65 anos, especialmente contra a cepa Influenza A (H3N2), que é uma das mais comuns e graves entre idosos. Essa eficácia trouxe também uma redução significativa no número de hospitalizações.

Vale lembrar que as vacinas disponíveis no Brasil utilizam vírus inativados, ou seja, não contêm vírus ativos, o que significa que não causam a doença. Além de proteger o indivíduo, as vacinas ajudam a diminuir a circulação do vírus, prevenindo surtos e aliviando a pressão sobre os serviços de saúde. “A vacinação não protege apenas quem a recebe, mas também as pessoas ao redor, especialmente as mais vulneráveis”, ressalta a especialista.

Grupos de Risco

A gripe pode afetar pessoas de todas as idades, mas alguns grupos apresentam maior risco de desenvolver complicações graves. Entre eles estão gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com condições crônicas, como doenças cardiorrespiratórias, diabetes e obesidade.

Diferentemente dos resfriados, que são causados por outros vírus, a gripe se caracteriza por um início súbito e apresenta sintomas como febre alta, dores no corpo, tosse, dor de garganta, coriza, calafrios, cefaleia e falta de apetite. A infecção geralmente dura uma semana, mas os sintomas podem perdurar por mais tempo, especialmente em indivíduos com risco elevado de complicações.

Além da vacinação, práticas simples de higiene são fundamentais para prevenir a doença. Lavar as mãos com frequência e evitar o contato próximo com pessoas infectadas são medidas essenciais. “As ações de prevenção, como a higiene das mãos, são vitais para reduzir a propagação do vírus,” alerta a infectologista.

Leia a matéria na integra em: d24am.com

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