Abordando a Essência do Problema: Caminhos para Soluções Eficazes

Entrevista com Pollyana Esteves: Alternativas para o Tratamento da Depressão

Em uma recente entrevista à CARAS Brasil, a psicoterapeuta Pollyana Esteves compartilha insights sobre as opções de tratamento disponíveis para casos de recaída de depressão, como o que o padre Fábio de Melo (54) enfrentou. Sua declaração sobre um novo episódio da doença reacendeu a discussão sobre a complexidade dessa condição e os limites dos tratamentos tradicionais.

Recaídas: Uma Realidade Comum

Na visão de Pollyana, as recaídas em quadros depressivos não são uma novidade. Ela aponta que elas frequentemente revelam que a origem do problema não foi tratada de forma adequada. “Os medicamentos antidepressivos podem atenuar os sintomas negativos, mas eles não necessariamente promovem a sensação de felicidade. Além disso, o organismo pode desenvolver uma certa resistência ao medicamento, resultando na diminuição de sua eficácia ou no surgimento de novos efeitos colaterais”, explica a psicoterapeuta.

“A depressão não desaparece completamente. Muitas vezes, ela permanece latente, apenas ‘escondida’ por um período de tempo”, complementa Pollyana, que se destaca por seu trabalho com terapias psicodélicas e microdosagem, além de ter desenvolvido o método Neurofit — uma combinação de psicoterapia e intervenções nutricionais voltadas para o tratamento da compulsão e da depressão. Sua experiência inclui atender pacientes no exterior, como a renomada cantora britânica Adele.

Terapias Alternativas e a Raiz do Problema

Ao falar sobre os desafios dos tratamentos que não respondem adequadamente, Pollyana enfatiza a importância de abordagens que busquem a origem do problema ao invés de apenas os sintomas. “Para alcançar uma remissão completa da depressão, é essencial tratar as causas. Não adianta reduzir a tristeza se a pessoa não aprende a cultivar a felicidade ou encontrar um propósito em sua vida”, afirma.

Abordagens Inovadoras no Tratamento da Depressão

Uma das alternativas que Pollyana utiliza em sua prática é a psicoterapia assistida por psicodélicos, que vem recebendo apoio crescente da comunidade científica. “Existem evidências que demonstram que a terapia psicodélica pode ser efetiva no tratamento da depressão. Essa abordagem permite que o paciente explore as causas subjacentes da sua condição e seja capaz de revertê-las. Por exemplo, a psilocibina atua nos mesmos receptores que a serotonina, ajudando o corpo a gerar esse neurotransmissor de forma natural”, explica.

Além disso, Pollyana destaca que estudos recentes revelaram que pacientes com depressão resistente experimentaram melhorias significativas após sessões de terapia que incluíam substâncias como a psilocibina, especialmente quando combinadas com técnicas de integração emocional.

Um Plano de Tratamento Estruturado

A psicoterapeuta defende um plano de tratamento bem estruturado, com duração específica. “Um tratamento que se estenda de três a cinco meses, englobando psicoterapia psicodélica, sessões de integração e microdosagem, pode eliminar as causas da depressão e ensinar o paciente a gerenciar suas emoções. Quando realizado de maneira adequada, esse tratamento pode, de fato, proporcionar a cura sem a necessidade de acompanhamento posterior”, conclui.

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