Apelo da Igreja Católica: Evitar que El Salvador se transforme em uma nova Guantánamo

Catolicismo se Pronuncia contra Planos de Nayib Bukele em El Salvador

No último domingo (20), a Igreja Católica manifestou preocupação com as recentes decisões do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. A instituição pediu que o governo não transforme o país em “uma grande prisão internacional”,fazendo alusão a acordos firmados com os Estados Unidos, semelhantes aos que resultaram na detenção de prisioneiros em Guantánamo, em Cuba.

A visita de Bukele à Casa Branca, realizada na última segunda-feira (14), selou uma parceria com o presidente americano, Donald Trump. Esse acordo possibilitou o envio de deportados, principalmente venezuelanos, para uma nova penitenciária em El Salvador, com capacidade para 40 mil detentos. Esse movimento gera questionamentos sobre a política de imigração das duas nações e os impactos para os salvadorenhos.

Trump, na busca de nacionalizar suas políticas de deportação, propôs a aplicação da Lei de Inimigos Estrangeiros, que historicamente só havia sido utilizada em tempos de guerra. O arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar, fez um apelo às autoridades: “Pedimos que não permitam que nosso país se torne uma grande prisão internacional”.

Em suas declarações, Escobar também indicou suas preocupações com as possíveis repercussões dos acordos entre Bukele e Trump. Ele citou colunas de opinião que sugerem que “El Salvador poderia se tornar uma nova Guantánamo”, referindo-se à base naval americana localizada na ilha, conhecida por sua famosa prisão.

“Essencialmente, o país se tornaria um local onde os Estados Unidos poderiam enviar seus prisioneiros, reduzindo os custos em comparação aos gastos que têm em Guantánamo”, afirmou Escobar em suas considerações, refletindo sobre a situação. “É importante que nosso governo não seja usado como um depósito de prisioneiros para outras nações, principalmente um país tão influente como os Estados Unidos”, complementou.

Na narrativa dos deportados, muitos deles já estiveram detidos em Guantánamo. A diáspora salvadorenha, que conta com 2,5 milhões de compatriotas vivendo nos Estados Unidos, é vital para a economia de El Salvador, uma vez que as remessas enviadas pelas comunidades fora do país representaram 23% do PIB em 2024.

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