Rio de Janeiro: Chuva chega após um mês de seca e anima cariocas
Após mais de um mês de estiagem, a cidade do Rio de Janeiro finalmente viu a chegada da chuva na noite desta terça-feira. A precipitação, modesta mas significativa, foi registrada em diversos bairros como Copacabana, Botafogo, Flamengo e Laranjeiras. Segundo informações do Centro de Operações Rio, por volta das 20h30, a chuva era considerada moderada em Laranjeiras e Urca, enquanto Santa Teresa e Santa Cruz tiveram chuvas mais fracas. Para as próximas horas, a previsão é de que essa chuva leve persista no Centro, na Zona Sul e na Ilha do Governador.
Falta de chuva no estado
- Seca moderada em expansão: A quantidade de cidades no Rio de Janeiro com classificação de “seca moderada” mais que triplicou em um ano.
Até às 20h40, o sistema Alerta Rio indicava que 6,6 mm de chuva haviam caído em Laranjeiras, o bairro com a maior concentração de precipitações. Esta foi a primeira chuva registrada pela estação meteorológica local em março, contrastando com os míseros 0,2 mm acumulados em todo o mês de fevereiro. Para contextualizar, cada milímetro de chuva representa um litro de água em um metro quadrado.
A volta da chuva trouxe alívio e celebrações para a população carioca, que se manifestou nas redes sociais. “Acabei de ir na varanda dar uma cheirada nesse cheiro de chuva que eu não sentia há tempos. Finalmente, chove no Rio”, escreveu uma internauta em sua conta no X. “Estou tão emocionada, que saudade que eu tinha da chuva!”, exclamou outra carioca. “Atenção, está chovendo no Rio de Janeiro. Isso não é um teste, é chuva de verdade!”, brincou outra moradora.
Apesar da animação, muitos bairros da cidade não registraram nem mesmo um milímetro de chuva ao longo do mês anterior. Regiões como Copacabana, Rocinha, Grajaú, Jardim Botânico e Sepetiba ficaram completamente à mercê da seca.
De acordo com as previsões da prefeitura, a nebulosidade deve aumentar entre quarta e quinta-feira, com expectativa de céu nublado a encoberto. Novas chuvas fracas a moderadas são esperadas a partir da tarde de quarta-feira, seguidas de pancadas de chuva no final da tarde de quinta.
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Aumento de queimadas
A longo prazo, a escassez de chuvas trouxe preocupações significativas em relação ao meio ambiente. O estado tem enfrentado um aumento alarmante no número de incêndios florestais, com a ocorrência de queimadas disparando em 435% em comparação ao mesmo período de 2024. Entre 1º de janeiro e 10 de março, foram registradas 5.960 ocorrências de queimadas, sendo que 1.400 delas ocorreram durante o carnaval. Para comparação, no mesmo intervalo do ano passado, foram apenas 1.115 registros.
Na noite de segunda-feira, as chamas consumiram áreas de vegetação entre Vila Isabel e Engenho Novo, na Zona Norte, causando preocupação entre moradores de favelas nas redondezas.
Um levantamento realizado a pedido do GLOBO revelou que o Alerta Rio identificou várias estações de medição pluviométrica que não haviam registrado uma gota de chuva há quase 40 dias, entre 31 de janeiro e 9 de março. Bairros como Vidigal, Rocinha, Copacabana e Jardim Botânico, na Zona Sul; Grajaú e Tijuca/Muda, na Zona Norte; além de Barra/Barrinha e Sepetiba, na Zona Oeste, foram algumas das áreas mais afetadas pela longa seca.
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