Anvisa Solicita Novos Dados sobre Vacina contra a Dengue do Instituto Butantan
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um pedido de esclarecimentos adicionais em relação à vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. O órgão estatal paulista apresentou em dezembro o pedido de aprovação para o imunizante, que já está em fase de produção.
A equipe técnica da Anvisa requer informações complementares para prosseguir com a análise do pedido. Até o momento, não há um prazo específico definido para que o Instituto Butantan apresente essas informações. Além disso, a Anvisa também aguarda o protocolo para o pedido de registro da vacina.
Expectativas e Produção da Vacina
O Instituto Butantan tem como meta a entrega de 1 milhão de doses da vacina em 2025, com a previsão de atingir 100 milhões de doses até 2027. O imunizante está destinado à população entre 2 e 60 anos incompletos, e os critérios de vacinação serão estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
É importante ressaltar que a produção da vacina foi iniciada sob risco, uma vez que a aprovação pela Anvisa ainda não é garantida. Caso receba a aprovação, esta vacina se tornará a primeira opção em dose única contra a dengue.
Eficácia da Vacina
Os resultados preliminares indicam uma eficácia de 79,6% contra casos sintomáticos da dengue e 89% em situações de dengue grave com sinais de alarme. A vacina brasileira é classificada como tetravalente, o que significa que atua contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
Vacinas Disponíveis no SUS
Atualmente, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos podem receber a vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica Takeda, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, o Ministério da Saúde firmou um contrato que prevê a entrega de 9,5 milhões de doses desse imunizante, que é administrado em dois ciclos de vacinação.
O desenvolvimento contínuo de vacinas e a busca por novas tecnologias de imunização são essenciais para o enfrentamento de doenças como a dengue, que continua a representar um desafio significativo à saúde pública no Brasil.
Leia a matéria na integra em: www1.folha.uol.com.br