Buraco Negro no Coração da Galáxia: Explosões Impressionantes a Cada 4 Horas!

As galáxias, em sua maioria, abrigam em seu núcleo buracos negros supermassivos. A nossa, a Via Láctea, não é uma exceção. No seu centro, encontramos o Sagitário A, que é o buraco negro mais próximo da Terra, localizado a aproximadamente 250 quatrilhões de quilômetros de distância.

Uma pesquisa recentemente publicada no The Astrophysical Journal Letters revelou que Sagitário A é significativamente mais ativo do que se supunha anteriormente. Os dados indicam que ocorrem, em média, de cinco a seis explosões ao redor desse buraco negro diariamente, fenômeno que os cientistas compararam a fogos de artifício cósmicos.

Utilizando o Telescópio Espacial James Webb, os pesquisadores conseguiram capturar imagens do disco de acreção ao redor de Sagitário A, que emite erupções brilhantes de forma contínua. Essas explosões variam de lampejos fracos a clarões intensos e ocorrem até seis vezes por dia. Confira o vídeo acelerado com diversas observações dessas explosões intrigantes.

Buraco negro supermassivo

Localizado na fronteira entre as constelações de Sagitário e Escorpião, o Sagitário A foi descoberto em 1972 e estima-se que sua massa ultrapasse 4 milhões de vezes o peso do Sol.

“O Sagitário A emite um brilho borbulhante e em constante mudança de intensidade, mas, ao observá-lo, percebemos explosões de brilho que logo em seguida se acalmavam”, comentou o astrofísico Farhad Yusef-Zadeh, professor da Northwestern University e líder do estudo.

A atividade ao redor do buraco negro não apresenta um padrão definido e os pesquisadores sugerem que dois mecanismos distintos podem ser responsáveis por essas erupções.

As pequenas oscilações na fronteira luminosa parecem resultantes da compressão de massa no interior do Sagitário A, criando explosões menores semelhantes a erupções solares. Já os clarões mais intensos podem ser atribuídos a reconexões magnéticas, onde os campos magnéticos de diversos objetos ao redor colidem, liberando energia em partículas aceleradas e emitindo radiação brilhante.

Futuro da pesquisa

Embora os avanços sejam significativos, o ruído nas observações a uma distância tão grande dificulta a identificação de detalhes mais sutis. Para contornar essa limitação, os pesquisadores planejam monitorar Sagitário A de forma contínua por períodos de 24 horas, buscando estabelecer um perfil mais claro do comportamento do buraco negro.

“Se conseguirmos observar por um dia inteiro, poderemos reduzir o ruído e revelar características que ainda não conseguimos decifrar. Isso seria incrível. Também teremos a chance de determinar se esses flares se repetem ou se realmente ocorrem de maneira aleatória,” finalizou Yusef-Zadeh.

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