Ofensiva de Israel Continua Após Recusa do Hamas em Libertar Reféns
Internacional
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Por Thays Martins, de Brasília

As Forças de Defesa de Israel reiniciaram ataques na Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, horário local, marcando a primeira ação militar desde o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro. A ofensiva ocorre após a recusa do Hamas em liberar todos os reféns israelenses em sua posse.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que as operações continuarão intensificando até que todos os reféns sejam libertados, independentemente de estarem vivos ou não. “As Forças de Defesa de Israel estão atacando alvos do Hamas em toda a Faixa de Gaza, buscando cumprir os objetivos de guerra definidos pela liderança política, começando pela libertação de nossos reféns”, declarou Netanyahu.
De acordo com a Defesa Civil de Gaza, os recentes confrontos resultaram na morte de pelo menos 130 pessoas e deixaram dezenas de feridos. Informações da rede de notícias Al Jazeera indicam que a decisão para retomar os ataques foi tomada durante uma reunião de segurança na noite de sábado, dia 15.
A Casa Branca também se pronunciou sobre o ataque, confirmando que Israel consultou os EUA antes de dar seguimento à ofensiva. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, reiterou que tanto o Hamas quanto outros grupos terroristas devem enfrentar consequências pela violência direcionada aos Estados Unidos e a Israel. “O presidente Trump deixou claro que aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os EUA, verão um preço a pagar. Um inferno vai desabar”, afirmou em entrevista.
O cessar-fogo que havia sido estabelecido começou em 19 de janeiro, após 15 meses de conflito intenso. Porém, após a primeira fase, que se encerrava em 1° de março, não houve avanço nas negociações para a continuidade do processo de paz. O acordo inicial previa três fases, culminando na liberação de 98 reféns israelenses em troca de um número considerável de prisioneiros palestinos, estimado entre 990 a 1.650. Durante a primeira fase, 33 israelenses foram liberados, junto com 95 palestinos.
Na ocasião, Netanyahu pediu para que as equipes prosseguissem com as tratativas a fim de libertar 11 reféns e também as vítimas fatais. A situação continua tensa, e as ações no terreno refletem a gravidade do impasse que se arrasta entre as partes envolvidas.
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