Deputado Glauber Braga passa por recuperação após greve de fome com dieta supervisionada

Glauber Braga inicia reintrodução alimentar após greve de fome

Glauber Braga adormece no chão de uma comissão na Câmara dos Deputados.
Glauber Braga adormece no chão de uma comissão na Câmara dos Deputados. Foto: Brenno Carvalho

No último domingo (20), o deputado federal Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, deu início ao processo de reintrodução alimentar após uma intensa greve de fome de oito dias. O protesto foi em resposta ao parecer favorável à sua cassação, que foi aprovado pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.

Durante o período de jejum, que se iniciou no dia 9 de abril e se estendeu até o dia 17 do mesmo mês, Glauber se alimentou apenas de água, soro e bebidas isotônicas. A reintrodução alimentar é uma fase delicada, pois longas ausências de ingestão podem provocar efeitos adversos como atrofia muscular e vulnerabilidades imunológicas.

Conforme informações da assessoria do parlamentar, ele passou o domingo de Páscoa em Brasília, em fase de recuperação e cercado pela família. O acompanhamento médico é remoto, e sua dieta consiste em alimentos leves, como sopas e caldos, além de pequenas porções de arroz e frango. Estão totalmente excluídos da sua alimentação produtos ultraprocessados e aqueles com altos níveis de gordura e açúcar.

“A alimentação precisa ser retomada aos poucos para não causar estranhamento ao sistema digestivo. Há também riscos relacionados à imunidade, então ele está aproveitando o fim de semana para descansar”, destacou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber.

A deputada Sâmia Bomfim.
A deputada Sâmia Bomfim. Foto: Divulgação

Durante a greve, Glauber perdeu mais de cinco quilos e é sabido que o processo de recuperação completa pode levar meses. Os primeiros dez dias após o fim da restrição alimentar são considerados críticos em termos de saúde.

A interrupção da greve ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assegurar que o processo de cassação não será discutido em plenário nos próximos 60 dias. O deputado responde a um processo disciplinar pela agressão ao militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, durante uma discussão que ocorreu em abril de 2024.

O tumulto foi contido por policiais legislativos e encaminhado ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol). Durante o protesto, Glauber acampou no Anexo 2 da Câmara e contou com o apoio logístico de Sâmia Bomfim, que cuidou de fornecer colchões e cobertores para que pudesse descansar.

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