Descubra Como Personalizar Seus Cosméticos: A Nova Tendência que Está Transformando a Beleza!

A Revolução dos Cosméticos Personalizados: Individualidade e Autocuidado em Alta

A busca por produtos que atendam às necessidades específicas de cada indivíduo transformou o setor de cosméticos. Não se trata mais de soluções genéricas para pele seca ou cabelo com frizz, mas de cosméticos personalizados, que oferecem fórmulas exclusivas adaptadas ao estilo de vida de cada consumidor. Mesmo com essa exclusividade, os preços permanecem acessíveis: enquanto um xampu comum custa cerca de R$ 15, os personalizados podem ser encontrados por aproximadamente R$ 70.

Embora a customização na beleza não seja uma novidade, ganhou força especialmente após a pandemia. Muitas pessoas, em busca de tratamentos que atendam a suas particularidades, passaram a procurar produtos mais direcionados, levando em consideração condições como alergias e queda de cabelo. A indústria enfrenta o desafio de atender a uma diversidade enorme de peles e cabelos, exigindo um profundo entendimento das necessidades de cada um. Consultas regulares ao dermatologista e o autoconhecimento sobre o próprio corpo são caminhos essenciais para essa jornada de autocuidado.

Ionara Nunes, criadora de conteúdo de 26 anos, destaca a importância dessa personalização: “Achei incrível a ideia de um produto feito para você. Isso ajuda até quem não conhece bem seu cabelo ou sua pele”. O processo começa com um questionário detalhado, permitindo que o cliente escolha características como fragrância e composição.

Um exemplo desse movimento é a Meu Q, cuja proposta é oferecer soluções adequadas a um país tão diverso. O cofundador Pedro Nunes ressalta que a marca surgiu para abordar as variadas necessidades de cuidados com os cabelos, influenciadas por fatores como umidade e poluição. “Criamos produtos que falam ‘sobre o que’ é especial em cada pessoa”, explica.

O site da marca conta com um questionário de 19 perguntas para descobrir o tipo de cabelo do usuário e outros hábitos, como frequência de lavagem e tratamentos químicos. A personalização se estende à escolha de cor, fragrância e até ao nome do produto, com fórmulas veganas e embalagens recicláveis.

A inteligência artificial também desempenha um papel crucial nesse cenário, permitindo que a indústria se modernize rapidamente. “A indústria de beleza teve que inovar em um ano e meio, agindo como se tivesse passado uma década”, afirma Bruna Ortega, especialista em tendências da WGSN.

Na área da pele, a Quintal Dermocosméticos segue essa tendência com o Q. Lab, um sérum altamente concentrado que oferece soluções personalizadas para cada tipo de pele. “Buscamos simplificar a rotina de cuidados, reduzindo a necessidade de vários produtos”, diz o fundador Giulio Peron.

Já na maquiagem, produtos como os batons da Byo Blush e Niina Secrets, que reagem ao pH da pele, introduzem uma nova dinâmica nas escolhas de beleza. “Esse tipo de produto interage com o usuário, estimulando uma abordagem mais atenta aos cuidados com a pele”, ressalta Flávia Addor, representante da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Enquanto algumas marcas investem no minimalismo e na tecnologia para personalização, outras promovem o autoconhecimento como forma de empoderar o consumidor. A mixologia, que combina diferentes ingredientes para criar um cosmético adaptado às necessidades momentâneas da pele, é uma tendência crescente. Marcas como Ellementti e Beudose oferecem kits para que o cliente possa misturar ingredientes, enquanto empresas como Principia baseiam sua personalização em questionários online.

A verdadeira mixologia permite que os consumidores mudem suas escolhas diariamente. A linha Revitalize ID, por exemplo, disponibiliza pequenos frascos de vitaminas que podem ser combinados de acordo com as necessidades da pele. “Tais combinações exigem conhecimento, mas muitas vezes é questão de olhar no espelho e entender o que sua pele precisa”, compartilha Fernanda Chauvin, diretora da Ellementti.

Entretanto, a dermatologista Flavia alerta: “Essa personalização pode ser interessante na maquiagem, mas quando entramos em questões como acne ou manchas, é crucial que haja estudos que comprovem a segurança e eficácia dessas combinações”. Além disso, todos os produtos precisam ter aprovação da Anvisa para serem comercializados.

A conscientização sobre a própria pele é fundamental para evitar problemas como alergias e irritações. “Buscar informações sobre os produtos pode ser um bom estímulo”, acredita Bruna Ortega, noting que as gerações mais jovens têm um alto nível de interesse em experimentar novos produtos e entender seus efeitos.

Empresas também têm investido em conteúdos educativos através de blogs e sites que explicam não apenas a funcionalidade de seus produtos, mas também os cuidados necessários com a pele. Criadoras de conteúdo, como Karolinne Bastos, têm se dedicado a informar os seguidores sobre as melhores práticas de autocuidado.

A mixologia também é uma realidade fora do mundo online, como no O Boticário, que oferece experiências personalizadas em suas lojas “Lab”. O cliente pode criar seu próprio perfume e maquiagem com base em uma análise de coloração. “Um diagnóstico assertivo resulta em uma solução eficaz para o problema do cliente”, pontua Ricardo dos Anjos, consultor da marca.

Por fim, a indústria de beleza avança em direção a cosméticos baseados no DNA do cliente, uma tendência que já está ganhando força no exterior, com marcas como Nomige e Younom. No Brasil, essa tecnologia ainda é pouco comum, principalmente devido aos altos custos envolvidos.

Leia a matéria na integra em: www.terra.com.br

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