Desespero em Momento Crítico: A Angústia de uma Educadora ao Descobrir Criança de 2 Anos Esquecida Dentro do Carro

Tragédia em Nerópolis: Caso de menino esquecido em carro por dona de creche

No último sábado (1º), a TV Anhanguera divulgou imagens de um momento desolador que envolveu a tristeza e o desespero de uma dona de creche em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiás. Flaviane Lima, de 36 anos, se deu conta de que havia esquecido o menino Salomão Rodrigues Faustino, de apenas 2 anos, dentro do carro, onde ele permaneceu por horas em condições perigosas.

Embora Flaviane não apareça nas gravações, o áudio revela seu estado de angústia ao perceber o que havia acontecido. “Estou sentindo calafrios. Meu Deus do céu… Acho que esqueci dentro do carro. Como é que eu vou falar que eu esqueci uma criança dentro do carro?”, declarou, demonstrando seu desespero e a gravidade da situação.

Uma funcionária que estava ao seu lado sugeriu que ligassem para alguém, mas foi prontamente interrompida por Flaviane: “Não vai ligar para ninguém.” Em seguida, a empresária decidiu entrar em contato com seu marido. “Eu não sei se eu fujo, o que eu faço? Mas eles vão me matar, porque o menino tá morto, tá roxo”, completa em meio à angústia.

O vídeo também traz sons de água, que indicam que Flaviane, em sua tentativa de reanimar Salomão, jogou água sobre ele. Como resultado das investigações, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) indiciou a empresária por homicídio culposo, caracterizado como a morte resultante da negligência, sem intenção de matar. O advogado de Flaviane, Gildo Franks, afirmou que ainda não recebeu notificações sobre a conclusão do inquérito, mas considera o áudio uma evidência do desespero dela ao tentar ajudar a criança.

A situação em que Salomão ficou exposto, por aproximadamente quatro horas em um veículo fechado sob calor que atingiu 30ºC, é alarmante. A criança estava presa na cadeirinha no banco de trás, enquanto Flaviane, responsável pelo seu transporte e cuidado, se esqueceu dele ao entrar na creche.

Após perceber que o menino estava desacordado, a empresária chamou o Corpo de Bombeiros. Apesar dos esforços para socorrê-lo, ele foi declarado morto ao chegar ao Hospital Sagrado Coração de Jesus. Em seu depoimento à polícia, Flaviane explicou que estava preparando a chegada de outras três crianças ao berçário e, devido à pressão da rotina, acabou se distraindo a ponto de esquecer Salomão.

No último dia 27, a juíza Sandra Regina Teixeira Campos decidiu converter a prisão preventiva de Flaviane para domiciliar. Além disso, ela deverá cumprir uma série de medidas cautelares. O delegado André Fernandes informou que a tipificação do crime como homicídio culposo se deve à falta de evidências que comprovassem que Flaviane agiu intencionalmente. “Ela tinha consciência de que devia zelar pela criança, mas não sabia que a criança estava dentro do veículo passando por uma situação crítica”, explicou o delegado.

O caso levanta importantes discussões sobre cuidado e responsabilidade em relação ao transporte de crianças, ressaltando a necessidade de atenção redobrada para a segurança dos menores. Os desdobramentos desse trágico episódio impactam não apenas a família da criança, mas também toda a comunidade que se mobiliza em torno do ocorrido.

Leia a matéria na integra em: hugogloss.uol.com.br

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