Do Sofrimento à Superação: Atraumas e Desafios Enfrentados pelos Deportados nos EUA ao Chegar em Fortaleza

Na última sexta-feira, 7 de outubro, Fortaleza recebeu um voo com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos. Ao chegarem ao Brasil, muitos dos repatriados apresentavam sintomas que incluem dor de cabeça, crise hipertensiva e problemas emocionais. O atendimento inicial foi realizado pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), que mobilizou uma equipe de 12 profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos e sanitaristas.

Assistência no Aeroporto Internacional Pinto Martins

Durante a operação no Aeroporto Internacional Pinto Martins, a FN-SUS registrou um total de 173 atendimentos. Dentre estes, foram 126 atendimentos psicossociais, 32 assistenciais e 15 voltados para a saúde mental. A equipe foi estruturada em três eixos principais: acolhimento, urgência e emergência, além do atendimento psicossocial.

A enfermeira Amanda Dantas, coordenadora da iniciativa, destacou: “A equipe da Força Nacional do SUS busca prestar assistência à saúde de maneira humanitária e eficiente aos repatriados dos EUA, com foco em atendimento emergencial, avaliação médica e os primeiros cuidados psicológicos”.

Repatriados embarcando em avião da FAB

Legenda:
Após chegarem a Fortaleza, os repatriados seguiram em um avião da Força Aérea Brasileira em direção a Minas Gerais.

Foto:
Davi Rocha

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou o compromisso do Ministério com a defesa dos direitos humanos. “Estamos assegurando um regresso digno e seguro para aqueles que retornam ao País”, afirmou a ministra.

Condições dos Repatriados

Conforme reportagem publicada pelo Diário do Nordeste, os brasileiros chegaram ao Brasil acorrentados e com algemas. A secretária dos Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, mencionou que muitos estavam “machucados emocionalmente” devido às condições em que foram mantidos nos Estados Unidos. Ela destacou que, ao chegarem, os deportados foram rapidamente desalgemados e receberam alimentos, água e kits de higiene.

O defensor público federal Edilson Santana expressou a preocupação da Defensoria Pública da União em relação às circunstâncias das deportações. “A Defensoria está atenta a eventuais violações de direitos humanos que possam ter ocorrido. Estamos prontos para prestar assistência jurídica, tanto individualmente quanto coletivamente aos que chegaram”, afirmou.

Leia a matéria na integra em: diariodonordeste.verdesmares.com.br

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