Nana Caymmi: A Lenda da Música Brasileira nos Deixa aos 84 Anos
A icônica cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais reconhecidas do Brasil, faleceu nesta quinta-feira, 1° de maio de 2025, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde agosto de 2024 na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde tratava de uma arritmia cardíaca.
Dori Caymmi, irmão de Nana, comunicou a notícia da perda, ressaltando sua importância na música brasileira: “O Brasil perde uma grande artista, uma intérprete de uma sensibilidade única. Todos nós estamos profundamente tristes, mas ela passou nove meses de intenso sofrimento no hospital.”
Nascida em 29 de abril de 1941 com o nome de Dinahir Tostes Caymmi, Nana era filha do renomado compositor Dorival Caymmi e da pianista Stella Maris. Desde a infância, ela foi rodeada por um ambiente repleto de talento e musicalidade, o que influenciou sua trajetória artística.
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A música surgiu precocemente em sua vida. Seu primeiro registro foi um dueto na canção “Acalanto”, composição de Dorival, feito quando ela ainda era um bebê.
Nana construiu uma carreira marcada pela escolha criteriosa de repertórios e pela colaboração com renomados arranjadores e produtores musicais, como bem reconhece o colunista Mauro Ferreira. Seu talento não apenas encantou o público, mas também deixou um legado significativo na música brasileira.
Aos 18 anos, casou-se com um médico venezuelano e mudou-se para a Venezuela. Entretanto, a adaptação ao novo país não foi simples, e logo retornou ao Brasil com as filhas Estela e Denise. Na época, estava grávida de João Gilberto, seu terceiro filho.
Entre os desafios de sua trajetória, destaca-se a participação no Festival Internacional da Canção em 1966. Com a canção “Saveiros”, de Dori, ela enfrentou vaias, mas conquistou o prêmio: “Eu estava mais preocupada em não desmaiar do que com as vaias”, recordou.
Dentre os sucessos de sua carreira, Nana interpretou composições memoráveis de gigantes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos, sempre conferindo sua marca pessoal e inconfundível.
Seu repertório também resgata clássicos de seu pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”. Em 2004, foi homenageada junto aos irmãos Dori e Danilo com o título de cidadã baiana, símbolo de seu legado na música do estado.
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