“Governo dos EUA Congela Bilhões em Financiamentos de Harvard em Resposta a Demandas Políticas”

Governo Trump Anuncia Congelamento de Fundos da Universidade de Harvard

Nesta segunda-feira, 14 de outubro, o governo do ex-presidente Donald Trump comunicou a decisão de congelar US$ 2,2 bilhões em subsídios anuais e US$ 60 milhões em contratos relacionados à Universidade de Harvard. A medida foi tomada após a instituição se recusar a acatar exigências da administração republicana para eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão.

Recentemente, Harvard recebeu uma carta de uma força-tarefa federal que delineava uma série de requisitos políticos, os quais seriam necessários para a manutenção de sua relação financeira com o governo federal. Por meio de um comunicado, o reitor Alan M. Garber enfatizou que a universidade não aceitaria os termos propostos.

“Informamos ao governo, através de nossa assessoria jurídica, que não aceitaremos o acordo proposto. A universidade não abrirá mão de sua independência ou de seus direitos constitucionais”, declarou Garber.

A administração Trump já havia ameaçado diversas instituições educacionais nos Estados Unidos com cortes em seu financiamento caso não realizassem mudanças nas políticas escolares. A postura da Harvard representa um marco, pois é a primeira vez que uma universidade de prestígio se opõe abertamente à Casa Branca em relação a tais imposições.

Dentre as exigências apresentadas na correspondência do governo, estão a supressão dos programas voltados à diversidade, a proibição do uso de máscaras em manifestações no campus, a implementação de reformas nas contratações e admissões baseadas exclusivamente em mérito, além de uma diminuição no poder de professores e administradores que, segundo a carta, estariam mais interessados em ativismo do que em conhecimento acadêmico.

Essas propostas são parte de um esforço contínuo da força-tarefa federal para combater o antissemitismo nos campus universitários, em resposta a uma série de incidentes que ocorreram em todo o país, especialmente em função do conflito entre Israel e Hamas em Gaza. Harvard, por sua vez, se posicionou firmemente contra o que considera uma regulamentação governamental que pode interferir nas condições intelectuais da universidade.

Garber destacou que a maioria das demandas do governo representa uma tentativa de regulamentação da universidade e reiterou que a interferência do governo em instituições de ensino superior não deve ser tolerada. “Nenhum governo, independentemente do partido no poder, deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, concluiu.

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