Durante o primeiro mandato do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, políticas protecionistas impactaram significativamente o comércio de aço e alumínio com o Brasil. Em 2018, foram implementadas tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, que, posteriormente, resultaram em negociações de cotas para países como Canadá, México e Brasil. Contudo, ao final de sua gestão, Trump endureceu a posição em relação aos produtos siderúrgicos brasileiros, na tentativa de conquistar votos em estados considerados estratégicos nas eleições.
Setor Siderúrgico: Um Pilar nas Exportações Brasileiras
Recentes levantamentos evidenciam a importância do setor siderúrgico na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Segundo informe da Câmara de Comércio Brasil-EUA, em 2024, o Brasil exportou US$ 11,4 bilhões em produtos de ferro e aço, sendo que 48% desse total, ou seja, US$ 5,7 bilhões, tiveram como destino os Estados Unidos. Além disso, as exportações brasileiras de alumínio somaram US$ 1,6 bilhão, com 16,8% (aproximadamente US$ 267,1 milhões) destinadas ao mercado norte-americano.
O documento ainda ressalta que, durante o primeiro mandato de Trump, investigações sobre questões de segurança nacional levaram à imposição de uma sobretaxa de 10% sobre alumínio e à criação de cotas que limitaram as exportações de aço. O Brasil, que é um dos principais fornecedores de produtos siderúrgicos para os EUA, foi particularmente afetado nas vendas de bens semi-acabados de aço, que ocupam uma posição de destaque entre os itens exportados.
Os produtos semiacabados de ferro ou aço se destacaram como os segundos mais exportados do Brasil para os Estados Unidos, totalizando, em 2024, um volume significativo de US$ 3,5 bilhões.
Leia a matéria na integra em: noticias.uol.com.br