Pesquisa Inovadora Revela Impressões Digitais em Cenas de Crime
Um estudo desenvolvido pelo papiloscopista André Lopes Ruiz Talhari, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Sinop, conquistou visibilidade ao ser publicado no Journal of Forensic Sciences, da Academia Americana de Ciências Forenses. O trabalho é parte da pesquisa de doutorado em Química da Universidade de Brasília (UnB) e aponta uma inovação na revelação de impressões digitais em cenas de crime.
Uma Solução Eficaz e Seguro
O estudo focou em uma nova substância química, um pó branco que, quando exposto à luz ultravioleta, adquire uma coloração vermelha, facilitando a visualização de impressões digitais que normalmente são invisíveis a olho nu. Essa técnica se destaca por sua aplicação em várias superfícies e por sua baixa toxicidade, tornando-a uma opção viável e segura para investigações forenses.
Detalhes da Pesquisa
Intitulado “Uma abordagem alternativa para a detecção de impressões digitais latentes usando [Eu2(BDC)3(H2O)2], um pó (da classe das MOFs) não tóxico e luminescente”, o artigo detalha a eficiência da substância em revelar impressões digitais de alta qualidade em materiais como plástico, metal e vidro. Importante é que ela também mantém sua eficácia mesmo em impressões com mais de 30 dias, oferecendo suporte tanto como técnica principal quanto secundária durante investigações.
Resultados Promissores
Os resultados da pesquisa revelaram que a substância não só melhora a qualidade das impressões digitais, mas também auxilia na identificação de indivíduos que estiveram em uma cena de crime. Talhari ressaltou a importância da descoberta, destacando que “a substância possibilita a revelação de impressões digitais mais desafiadoras, como as produzidas por vários toques consecutivos e quando já estão parcialmente esgotadas de material biológico. Essas impressões são tipicamente encontradas em locais de crime.”
Benefícios para o Trabalho Forense
A inovação trazida pela pesquisa pode ser determinante para o trabalho da Politec, permitindo uma identificação mais eficaz de suspeitos em casos complexos. O uso da nova substância mostrou-se mais eficaz na produção de impressões digitais nitidamente definidas e de maior qualidade quando comparado a outros pós utilizados nas práticas forenses atuais.
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