Holger Rune, a promessa dinamarquesa, brilha no Rio Open
8 fev
2025 –
08h10
(atualizado às 08h23)
O destaque do jovem João Fonseca no Aberto da Austrália já chama a atenção dos adversários que irão enfrentá-lo no Rio Open, o maior torneio de tênis da América do Sul. O carioca de apenas 18 anos se une a uma lista impressionante, que inclui o dinamarquês Holger Rune, ex-número quatro do mundo e, atualmente, na 14ª posição do ranking da ATP. Rune, com 21 anos, elogiou o desempenho de Fonseca, reconhecendo que o jovem “vem jogando realmente muito bem”.
Em uma entrevista ao Estadão, Rune ressaltou a qualidade do tenista brasileiro: “Ele é um jovem tenista incrível. Eu o vi ser campeão do Next Gen Finals. Ele tem um futuro brilhante pela frente, com certeza. Vamos ver como ele se sairá no Rio Open este ano”.
Estreante no torneio de nível ATP 500, Rune está animado para sua volta ao Brasil. “Espero um pouco de calor, um grande público, muitos torcedores e uma ótima atmosfera”, declarou, em tom bem-humorado. “Acredito que o Rio deve ser um ótimo lugar para conhecer, visitar e jogar. Não vejo a hora de jogar diante dos fãs de tênis do Brasil”.
A expectativa de Rune também se refere à primeira vez jogando no saibro nesta temporada, em solo carioca. O dinamarquês se destacou na terra batida, conquistando dois dos seus quatro títulos de nível ATP e chegando a dois vice-campeonatos nos últimos anos.
“Eu não tenho um piso favorito, mas com certeza gosto muito do saibro. É o tipo de jogo em que você precisa construir melhor os pontos. Você pode usar vários recursos, como dropshots e slices. Eu gosto bastante. É um pouco diferente, mas eu amo”, afirmou.
Antes de sua estreia no Rio Open, Rune já havia competido no Brasil durante a sua fase juvenil em torneios realizados em Porto Alegre e Criciúma (SC). “Quando estive no Brasil pela primeira vez, tive uma grande experiência”, comentou o tenista.
Desde aquele momento, sua carreira tomou um novo rumo. Em 2022, Rune ganhou notoriedade ao conquistar seus três primeiros títulos de nível ATP, sendo um deles o prestigiado Masters 1000 de Paris, onde derrotou o favorito Novak Djokovic na final, após uma impressionante virada.
“Desafiar esses tenistas é uma questão de confiança. É claro que você precisa estar jogando bem, mas uma vez que o jogo está lá, é preciso acreditar que você consegue. E é preciso lutar”, disse Rune, refletindo sobre sua jornada no esporte.
Em 2023, ele manteve seu nível elevado, somando um título e dois vices em Masters 1000. Durante o ano, Rune alcançou seu melhor ranking, ingressando no Top 4 do mundo. Contudo, não conseguiu se manter entre os dez melhores, uma situação que ele atribuiu à falta de maturidade.
“Aprendi muita coisa desde então. Tive muitas experiências, com certeza. Estar na quarta posição do ranking me ensinou muito sobre o que é necessário para alcançar essa colocação. Foram aprendizados importantes”, admitiu.
Em busca de melhorar seu desempenho no circuito, Rune buscou a orientação de renomados treinadores, incluindo Patrick Mouratoglou, ex-treinador de Serena Williams, Boris Becker e Severin Luthi, amigo e ex-técnico de Roger Federer. Contudo, foi ao retomar a parceria com Lars Christensen, um dos seus primeiros mentores, que ele encontrou a fórmula para retomar suas melhores performances.
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