Jogadoras se Unem em Defesa da Integridade do Jogo Após Ameaças a Atleta!

Ofensas nas Redes Sociais: O Lado Sombrio do Tênis Competitivo

Indian Wells (EUA) – A tenista tcheca Linda Noskova, de apenas 20 anos e atual número 31 do ranking mundial, expôs em suas redes sociais as agressões verbais que recebe após suas partidas. As mensagens, em sua maioria, provêm de apostadores que se sentem frustrados com os resultados. Essa situação evidencia um problema crescente no universo dos esportes, onde a pressão financeiro gera reações extremas.

No último WTA 1000 de Indian Wells, Noskova foi eliminada na primeira rodada pela neozelandesa Lulu Sun, com parciais de 6/1 e 6/4. Após a derrota, a atleta recebeu uma mensagem alarmante de um seguidor identificado apenas como Alvaro, que dizia: “Vou matar você e sua família, vadia”. Este tipo de contenda não é isolado; a jogadora compartilhou uma série de prints que revelam outras mensagens igualmente perturbadoras como: “Você me fez perder dinheiro, espero que você quebre as duas pernas e pare de jogar tênis” e “Espero que você tenha câncer”. Além disso, algumas mensagens contêm ameaças de violência sexual e suicídio, revelando o lado sombrio da cultura das apostas.

Infelizmente, Linda Noskova não é a primeira jogadora a enfrentar esse tipo de assédio online, nem será a última. Jogadoras de diversas modalidades, e até adolescentes, já reportaram experiências semelhantes. A influência crescente do mercado de apostas no esporte provavelmente amplifica essa situação, levando a uma discussão necessária sobre a proteção das atletas.

Reações de Tenistas ao Assédio Online

Recentemente, algumas das melhores jogadoras do circuito se manifestaram sobre o tema. Madison Keys, campeã do Australian Open e defensora da segurança digital, comentou em uma coletiva de imprensa: “Existem muitas parcerias com casas de apostas. Elas geram grandes receitas para os torneios, o que é essencial para o nosso emprego. Contudo, desejo que haja uma forma de alavancar esses benefícios com uma maior proteção para os atletas.”

Iga Swiatek, a vice-líder do ranking, também trouxe sua perspectiva: “Nós, jogadoras, lidamos com comentários de ódio de pessoas que perderam dinheiro. Isso realmente nos afeta. É um fenômeno negativo e pouco saudável.” Swiatek ainda ressaltou que, embora existam maneiras de filtrar as mensagens prejudiciais, o ódio online é uma realidade que muitas atletas enfrentam.

Por sua vez, Aryna Sabalenka, a atual número 1 do mundo, preferiu não comentar sobre a questão em uma coletiva de imprensa. “Gostaria de pular essa questão, pois não tenho uma resposta no momento”, declarou a tenista.

Buscando Ajuda em Momentos Difíceis

É fundamental destacar a importância do apoio e da saúde mental. Aqueles que enfrentam sentimentos de desesperança ou pensam em suicídio devem buscar ajuda. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio 24 horas, todos os dias, pelo telefone 188. Além disso, existem CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) disponíveis em várias cidades do Brasil para fornecer suporte adequado.

Leia a matéria na integra em: tenisbrasil.uol.com.br

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