Líder Religioso Se Opõe ao Impeachment de Lula e Alerta Sobre Consequências da Medida

Silas Malafaia e a Nova Direção das Manifestações Bolsonaristas

O pastor Silas Malafaia, figura influente entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestou críticas direcionadas aos bolsonaristas que advogam pelo impeachment do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A questão gerou debates acalorados à medida que se aproxima a data das manifestações convocadas pela oposição, agendadas para 16 de março.

Em suas declarações, Malafaia enfatiza que o verdadeiro foco das manifestações deveria ser a anistia para os indivíduos detidos durante os eventos do dia 8 de janeiro, e não o impeachment. Para ele, as pautas que deveriam dominar os discursos nas ruas são “Fora Lula 2026” e “Anistia Já para o 8/1”.

Durante conversa com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o pastor afirmou que a pauta do impeachment não estaria alinhada aos interesses de Bolsonaro. Em uma live realizada no canal Brazil Talking News, o ex-presidente mencionou o impeachment ao discutir sua participação nas manifestações de domingo no Rio de Janeiro. “A pauta vai ser o que? Anistia e as questões nacionais. Outros vão ser impeachment, outros vão ser outro assunto qualquer”, ressaltou Malafaia em entrevista no dia 15.

No dia seguinte, Bolsonaro demonstrou descontentamento com os aliados que estavam promovendo a ideia de “impeachment já” em relação às manifestações. Um dos apoiadores mais vocalizados da proposta é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem utilizado suas redes sociais para defender o impeachment de Lula como a principal bandeira das manifestações.

Na segunda-feira, 17, ficou evidente que as redes sociais de Bolsonaro já refletiam uma mudança de tom nas orientações para a manifestação de março. Em um post na plataforma X, coassinado por Silas Malafaia, o ex-presidente enfatizou que o foco deveria ser “anistia humanitária” e “Fora Lula 2026”.

De acordo com informações da Coluna do Estadão, essa nova estratégia de discurso busca desgastar a imagem de Lula, com o objetivo de levar seu governo ao “sangramento” até as eleições de 2026. Essa narrativa está sendo adotada por diversos aliados de Bolsonaro, que reconhecem a falta de apoio político e a ausência de condições para a tramitação de um processo de impeachment no Congresso Nacional.

Importante destacar que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já deixou claro que não tem a intenção de colocar a pauta do impeachment em discussão na Casa. O presidente da Câmara expressou seu desejo de evitar “movimentos que tragam instabilidade ao País”.

Com essa nova direção, os próximos dias prometem intensificar o debate sobre a eficácia e a representatividade das manifestações bolsonaristas, assim como as estratégias desses grupos políticos à frente das mudanças no cenário nacional.

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