Luís Lobianco Trasforma Humilhação em Humor em “Vale Tudo”

Após uma imersão no drama da segunda temporada da série Os Outros, o ator Luís Lobianco se prepara para reativar sua veia cômica no remake de Vale Tudo. Contudo, ele destaca que não se trata de um humor gratuito ou de uma leveza excessiva.

Na nova adaptação, Lobianco dá vida a Freitas, um assistente que utilizará a submissão como uma estratégia de sobrevivência para manter seu emprego. Freitas é o braço direito de Marco Aurélio, personagem interpretado por Alexandre Nero.

Lobianco ressalta que, apesar de enfrentar humilhações constantes, Freitas é um personagem que não deve ser subestimado. Em 1988, na versão original da novela, o papel de assistente foi interpretado por João Camargo.

Embora Alexandre Nero analise seu personagem como o advogado do diabo, defendendo o executivo corrupto, Lobianco apresenta uma visão crítica sobre a postura do colega. “Acho que o Freitas traz um pouco de leveza para esse universo da TCA, que gira em torno do dinheiro e da empresa dos Roitman”, explica o ator. Ele destaca que a interação entre Freitas e Marco Aurélio vai além do tom cômico, buscando retratar a humanidade e intimidade entre os personagens.

Além disso, Lobianco destaca que a perspectiva do público será moldada pelos olhos de Freitas: “A relação deles revela Marco Aurélio em situações mais íntimas. É um processo divertido, onde você acaba conhecendo mais do personagem”, comenta.

“Freitas representa a pequena ambição. Ele está dentro da empresa, topando passar por qualquer tipo de humilhação ou assédio, porque almeja um pouco de poder. De certa forma, ele reproduz esse comportamento”, reflete Lobianco.

O ator também elogia a qualidade do texto da novela, enfatizando a importância das tramas bem construídas. “É muito bem escrito, sem desperdício de personagens. Todos têm suas viradas e nuances, e o Freitas não é exceção”, conclui.

Com direção artística de Paulo Silvestrini, Vale Tudo estreia no próximo dia 31, substituindo Mania de Você. Esta novela é uma releitura de um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, escrita por Gilberto Braga (1945-2021), Aguinaldo Silva e Leonor Bassères (1926-2004).

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