Mercados Globais em Alerta: Impactos das Novas Tarifas Comerciais dos EUA
247 – A instabilidade nos mercados financeiros globais promete aumentar nesta semana, com foco na recente decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas comerciais inesperadas. Segundo informações da Reuters, os índices futuros das bolsas norte-americanas apresentaram uma queda acentuada na noite deste domingo (6), sinalizando que o movimento de liquidação que já causou perdas trilionárias pode se intensificar nesta segunda-feira.
Quedas Marcantes nos Índices
Os contratos futuros do S&P 500 desabaram 4% nas negociações noturnas, enquanto o Dow Jones apresentou um recuo de 3,8%. O Nasdaq 100, que é mais influenciado pelas expectativas de crescimento, enfrentou uma queda ainda mais significativa, alcançando 4,6%. Esses índices refletem o aumento dos temores no mercado em decorrência do “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump na última quarta-feira, que surpreendeu investidores com medidas mais drásticas do que o previsto.
Impacto no S&P 500
Nos dois dias seguintes ao anúncio das novas tarifas, o S&P 500 registrou uma queda acumulada de 10,5%, resultando em uma perda de cerca de US$ 5 trilhões em valor de mercado — a maior queda em dois dias desde março de 2020. Com essa tendência, o índice já apresenta uma desvalorização superior a 17% desde o pico histórico obtido em 19 de fevereiro, aproximando-se do que é conhecido como território de bear market, definido por uma queda acima de 20%.
Perspectivas Econômicas em Debate
Mark Malek, diretor de investimentos da Siebert Financial, comentou sobre a situação antes da abertura dos mercados futuros: “O bull market está morto. Podemos até ver algum ganho pontual nos próximos dias, mas, por enquanto, nada será sustentável.” Para Malek, a combinação do impacto das tarifas com o início da temporada de resultados do primeiro trimestre gera um ambiente particularmente pessimista.
Busca por Otimismo em Meio ao Caos
Apesar das perdas expressivas, a equipe econômica de Trump tenta minimizar os riscos associados a essa nova política comercial. Em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC News, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, assegurou que “não há razão” para antecipar uma recessão, na tentativa de tranquilizar os investidores.
Ainda assim, alguns analistas acreditam que pode haver espaço para uma recuperação técnica nos próximos dias. Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers, apontou: “É provável que vejamos um dia de alta esta semana”. Por outro lado, Alex Morris, diretor de investimentos da F/m Investments, indicou que uma recuperação mais sólida pode demorar: “Talvez tenhamos um dia com as telas em verde, mas um rali verdadeiro pode levar de três a quatro semanas. Somente então as pessoas começarão a dizer que já tiramos ar suficiente do balão”.
Expectativa para Abertura dos Mercados
Com o panorama global se tornando cada vez mais incerto, as atenções estão voltadas para a abertura dos mercados nesta segunda-feira. As próximas horas serão decisivas para entender se os efeitos das tarifas impostos por Trump serão limitados a uma correção momentânea ou se darão início a um dos maiores crashes financeiros da história.
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