ANS Propõe Novo Modelo de Plano de Saúde Focado em Consultas e Exames
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) trouxe à tona uma proposta inovadora para o setor de saúde no Brasil: um novo plano de saúde que cobrirá exclusivamente consultas médicas e exames. Este modelo não incluirá serviços como internações, pronto-socorro ou terapias, visando ampliar o acesso à atenção primária e secundária. A intenção é oferecer uma alternativa mais acessível para os consumidores que buscam planos de saúde com um custo reduzido, sem a exigência de cobertura total.
Consulta Pública e Testes em Ambiente Experimental
A proposta da ANS será disponibilizada para consulta pública entre os dias 18 de fevereiro e 4 de março. Este processo faz parte de um projeto regulatório denominado “sandbox”, que funciona como um ambiente experimental. Durante dois anos, o novo modelo passará por testes, com a ANS monitorando os resultados e a aceitação por parte do público. Ao fim desse período, será feita uma análise para decidir se o modelo continuará ou será descontinuado.
Atendendo a uma Necessidade Crescente
Os novos planos de saúde terão como foco usuários que necessitam de cobertura em todas as especialidades médicas, mas que não precisam de serviços de urgência ou internação. Essa iniciativa busca atender à demanda crescente por consultas eletivas e exames, áreas que frequentemente registram longas filas no Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que essa nova abordagem contribua para acelerar diagnósticos e aliviar a pressão sobre o sistema público de saúde.
Interação com a Sociedade
Os interessados em participar da consulta pública poderão enviar sugestões e comentários entre os dias 18 de fevereiro e 4 de abril. Além disso, uma audiência pública está programada para o dia 25 de fevereiro, onde a proposta será discutida com a sociedade e os profissionais da área da saúde, promovendo um diálogo aberto sobre a nova abordagem.
Benefícios na Atenção Primária
A ANS estima que a nova medida pode beneficiar até 10 milhões de brasileiros, especialmente aqueles que enfrentam dificuldades em acessar cuidados médicos primários. De acordo com estudos realizados pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde, a atenção primária pode resolver de 80% a 90% das necessidades de saúde ao longo da vida de uma pessoa, reforçando a importância dessa proposta.
Condições para as Operadoras de Saúde
Para que as operadoras de saúde possam participar desse projeto experimental, será necessário registrar o novo plano de saúde que poderá incluir a opção de coparticipação, com um limite de 30% dos custos para os usuários. Vale ressaltar que esse novo modelo não afetará os planos de saúde já existentes no mercado, oferecendo mais opções aos consumidores.
*Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori
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