A lógica da invisibilidade
O caça chinês J-36 tem se destacado mesmo rodeado de sigilo. Sua fuselagem limpa e aerodinâmica, sem estruturas verticais à vista, indica que pertence a uma nova geração de aeronaves projetadas para reduzir significativamente a assinatura radar. Com essa tecnologia avançada, o J-36 pode passar despercebido em detecções, sendo reconhecido apenas quando está bem próximo do alvo.
Segundo Agrico de Paula, especialista em aviação, a empenagem — a parte traseira onde estão os estabilizadores do avião — foi projetada de forma a evitar a reflexão de sinais de radar. “Essa configuração pode ser comparada a um sinal para o inimigo, informando: ‘Estou aqui!'”.
A escolha de eliminar superfícies convencionais é radical e torna a aeronave quase invisível para os radares inimigos. Entretanto, essa inovação exige importantes compensações tecnológicas.
Como o J-36 não conta com as superfícies estabilizadoras tradicionais, ele se torna totalmente dependente de sistemas eletrônicos de controle de voo, conhecido como fly-by-wire, que é crucial para a manutenção da estabilidade. O especialista explica: “O computador de bordo coordena as superfícies de controle de voo, que neste modelo são pequenas placas localizadas nas extremidades das asas, garantindo um controle preciso da aeronave”.
Velocidade, manobrabilidade e sobrevivência
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