Putin Sugere Retorno do Nome Stalingrado se a População Aprovar!

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira (30) que a proposta de renomear Volgogrado para Stalingrado deve ser decidida pelos moradores locais. A declaração, obtida pela agência Reuters, ocorre poucos dias antes das comemorações do 80º aniversário da vitória soviética na Batalha de Stalingrado, um dos confrontos mais proeminentes e sangrentos da Segunda Guerra Mundial.

Durante um fórum, Putin foi questionado sobre a possibilidade de recuperar o nome histórico da cidade, que não só simboliza a vitória soviética, mas também está ligado ao regime de Josef Stalin. O presidente reconheceu a lógica por trás da proposta, destacando a notoriedade da batalha, mas enfatizou a importância de consultar a população.

“Certamente há lógica nisso. Se removermos a ideologia o máximo possível, o nome estará ligado à vitória. Mas ainda precisamos esclarecer o que a maioria dos moradores pensa”, afirmou Putin.

Em um gesto simbólico, Putin assinou um decreto na terça-feira (29) renomeando o aeroporto de Volgogrado para Stalingrado, como uma homenagem à vitória na Grande Guerra Patriótica, título que os russos dão ao conflito contra a Alemanha nazista.

Essa iniciativa reflete as demandas de veteranos que advogam pela restauração do nome histórico, que foi alterado para Volgogrado em 1961, durante o processo de desestalinização.

A Batalha de Stalingrado, ocorrida entre 1942 e 1943, é considerada um turning point na Segunda Guerra Mundial, causando um impacto devastador na União Soviética. Estima-se que o conflito tenha resultado em 22 a 25 milhões de mortes, incluindo pelo menos 8 milhões na região da Ucrânia soviética.

Enquanto as autoridades russas se preparam para as cerimônias de comemoração, a presença de líderes ocidentais nos eventos é incerta, principalmente devido às tensões geradas pela invasão da Ucrânia por Moscou, que teve início em 2022.

Em uma comparação controversa, Putin tem associado o atual conflito com a Ucrânia à luta contra o nazismo, descrevendo a guerra como uma “operação militar especial” com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” o país.

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