Revitalização das Exportações de Relógios Suíços: Um Sinal de Otimismo no Mercado Global

As exportações de relógios suíços apresentaram uma recuperação em janeiro, registrando um crescimento pela primeira vez desde agosto. Esse aumento se deve à forte demanda nos Estados Unidos e no Japão, que compensou a significativa queda observada na China.

Em janeiro, as exportações de relógios suíços aumentaram 4,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, somando perto de 2 bilhões de francos suíços (aproximadamente 2,1 bilhões de euros), conforme revelou a federação relojoeira em comunicado.

O principal mercado para os relógios suíços, os Estados Unidos, viu um aumento de 16,2%, enquanto o Japão registrou um crescimento ainda mais significativo de 26,2%. Por outro lado, a situação na China continuou a se agravar, com uma queda de 29,1% em janeiro, enquanto Hong Kong também enfrentou uma diminuição de 11,7%.

A federação relojoeira destacou que esses dois mercados mantêm uma tendência negativa, apresentando desempenhos abaixo do esperado.

Em 2024, as exportações de relógios para a China caíram 25,1% em relação ao ano anterior, enquanto as vendas para Hong Kong tiveram uma redução de 18,7%. Esse declínio é resultado do abrandamento da economia chinesa, do alto índice de desemprego entre os jovens e da crise no setor imobiliário, que impactaram a demanda por produtos de luxo.

Na Europa, porém, o cenário foi misto em janeiro. As exportações de relógios aumentaram 3,2% para o Reino Unido, mas apresentaram quedas de 0,7% para a Alemanha, 3,7% para a França e 9,8% para a Itália.

A recuperação das exportações de relógios, que reflete as aquisições nas boutiques em vez das vendas efetivas, foi impulsionada principalmente pelos relógios de luxo. Os modelos com preços superiores a 3.000 francos suíços registraram um crescimento de 7%.

Após uma sequência de recordes de crescimento durante três anos, as exportações suíças de relógios caíram 2,8% em 2024, totalizando 25,9 bilhões de francos. O declínio se deve a uma queda contínua na demanda por parte da China, com as exportações enfrentando reduções mensais, exceto por breves recuperações em abril, julho e agosto.